Bem, primeiramente a SAB Sul é uma regional da SAB, como o nome já sugere, do Sul do país, fazendo parte, portanto, os sócios da SAB residentes nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina e Paraná.
Realiza-se de dois em dois anos (2/2) o encontro da SAB Sul para apresentações de trabalhos, discussões a respeito dos próprios trabalhos, mas também das regras que envolvem o trabalho arqueológico.
Este ano o evento está em sua oitava edição. O segundo encontro da SAB (um nacional e este regional) que participo. Até o momento este está bem interessante com conferências de assuntos diversos, os quais não domino muito, uma vez que a minha formação não é na área de arqueologia, embora esteja envolvido e pretendendo fazer meu TCC, mestrado e Doutorado com esta temática.
Conferências como a apresentação da Renata Garraffoni, ontem, de sua tese na Itália, precisamente em Pompéia, a qual discute as diversas imagens da arena romana e dos gladiadores que foram produzidas pelos historiadores modernos e por meio de fontes escritas e cultura material estuda os cotidianos de gladiadores e das camadas populares que apreciavam os munera (obras/locais públicas/os) durante o século I d.C. Achei interessante a discussão, ela saiu na região da pesquisa e deparou-se com um prostíbulos, os quais tinham grafites (diferente do atual) em locais específicos para anúncios - era exposto sentimentos de tristeza, alegria e amor. Ou, um dos mais encontrados, propagandas políticas, isto mesmo (deixo vocês pensarem a respeito). E até anúncios de cunho sexual (performaces das pessoas e até experiências, segundo a pesquisadora, das mais diversas), pelo que lembro estes principalmente dentro dos prostíbulos. (mais info. baixe a tese: http://cutter.unicamp.br/document/?code=vtls000314339).
Já hoje, presenciei comunicações orais a respeito de Arqueologia Pré-Colonial. Jês do Sul era um dos assuntos mais tratados. A apresentação a respeito dos Sítios do Alto Uruguai rendeu uma boa discussão: apartir de quantas peças encontradas pode-se considerar sítio arqueológico? Segundo as pessoas que dominam mais o assunto, presentes na sala, a resposta é: Menor que 3 peças encontradas é considerado ocorrência, mas quando o arqueólogo encontra, como no caso do trabalho do DeMasi, mais de 70 mil peças próximas uma das outras, em um longo percurso, quantos sítios se encontram ali? Algo bem discutível, não acham?
Amanhã acompanharei os trabalhos de zooarqueologia e arqueobotânica. O que tenho mais interesse, diga-se de passagem, já que não foge da minha formação, biologia marinha. Acho que deu para passar um panorama do que é e o que está acontecendo na VIII Encontro da SAB Sul. E continuo verificando que a Biologia não é comentada como área parceira de pesquisa arqueológica, o que me faz seguir cada vez mais na área, além de gostar bastante e cujo foi me dado oportunidade de entrar na parte da pesquisa científica.
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