Ao identificar uma nova espécie, seu descobridor escolhe, em geral, uma referência para nomeá-la: local da descoberta, características físicas, aspectos de comportamento… No caso de Frederico Augusto de Atayde Lencioni, a inspiração tem origem, digamos, mais pessoal."
http://cienciahoje.tumblr.com/post/57618990586/batismo-musical-ao-identificar-uma-nova-especie
Fonte da imagem: Tumblr Ciência Hoje
Estava lendo o post de onde veio essa citação, do Tumblr do Ciência Hoje, e me veio a pergunta, essa prática é boa (até que ponto) para a ciência? Segundo o blog Lencioni não trabalha diretamente na área, mas tem aproveitado as pesquisas nas horas vagas: especialista em libélulas, já descobriu 15 espécies desses animais, batizadas, por exemplo, em homenagem a membros de sua família, como sua mãe, esposa e filhos. A última de Lencioni foi utilizar os nomes dos integrantes do Queen (imagem acima) - Freddie Mercury, Brian May, Roger Taylor e John Deacon.
O bom é que está havendo novas descobertas de espécimes, mas não levar o lado científico para nomear as espécies, acaba sendo, no mínimo, criativo e bem humorado. E essa prática, tem alguma interferência na ciência? E ai o que vocês acham?
E para informar "ainda não há planos para o lançamento do primeiro DVD desse grupo animal"
Qual é a sua opinião Thiago? Eu fiquei curioso, e infelizmente não achei nenhum comentário ainda sobre o que você descreveu como : "não levar o lado científico para nomear as espécies, acaba sendo, no mínimo, criativo e bem humorado. E essa prática, tem alguma interferência na ciência? E ai o que vocês acham?" ?
ResponderExcluirBom dia Fred,
ResponderExcluirprimeiramente peço desculpas por não lhe responder de imediato, pois é difícil levar o blog paralelo as atividades cotidianas de trabalho fora da biologia.
Não sou taxonomista, utilizei da taxonomia (identificar peixes por meio de ossos em sambaquis) para realizar meu trabalho de conclusão de curso da graduação. Como comentei na postagem eu acho criativo e bem humorado esta prática. Na minha percepção não vejo problemas em ter inspiração "não científica" para nomear os animais. Importante é continuarem as descobertas. Mas provavelmente tem profissionais que não gostam desta prática, concorda? Profissionais que são mais clássicos, por exemplo.
Obrigado pelo envio do comentário
Abraço
Prezado Thiago,
ResponderExcluirCom certeza tem muitas pessoas que criticam e sinceramente isto nunca me incomodou, porque a maioria das pessoas não procura saber antes de criticar, só para citar alguns exemplos do motivo da minha homenagem a eles :
Brian Harold May (guitarrista do Queen) - Astrofísico com trabalho publicado na revista Nature (duvido que alguém dos que me criticou -- entre eles o ex-editor da Zootaxa onde publiquei o trabalho -- já publicou, ou irá publicar, na Nature), fundador de uma ONG (Save me - www.save-me.org.uk) que visa o fim do tratamento cruel aos animais, junto com Roger Taylor (baterista do Queen) e o agente deles (Jim Beach) fundaram em 1994/5 a Mercury Phoenix Trust que arrecadou US$ 15 milhões de dólares para 700 projetos na luta contra HIV/Aids (duvido que alguém dos que me criticou - já arrecadou algo), somente por serem membros de uma banda de rock há algum tipo de reação, se eu tivesse descrito para qualquer um dos críticos eles achariam que, já que são "cientistas" nada mais justo do que serem homenageados!!!! O mesmo cara que criticou a descrição das espécies em homenagem ao Queen foi homenageado com a primeira espécie que descrevi e neste caso ele achou a homenagem justa e não fez nenhuma consideração -- engraçado né!!
Desculpe a demora em lhe responder.
Abraços,
Fred