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Trote e seu impacto ambiental

Pensei em fazer este post depois de passar, um dia desses, próximo a Universidade em que estudo e vi a quantidade de lixo na rua, sim MUITO LIXO oriundo dos trotes.

Começo de calendário acadêmico e os trotes começam. Trote: festas, zuação, bebidas, barzinhos cheios.

Bom, temos os lados bons e ruins. O trote é um momento em que você conhece pessoas do seu curso ou até de outros cursos, um momento em que você pode se distrair com amigos de sala, de curso, beber com os amigos, escutar música, rir, etc. Mas também tem a sujeira que os trotes emitem. O cardápio de sujeira é vasto, mas tipicamente é composto por: café, leite condensado, erva mate, maionese, banana, bala estilo freegels ou Halls, calda de sorvete, etc. Ainda variando de acordo com o curso. Além desse cardápio, ainda temos todos os seus recipientes que normalmente são jogados no chão e não são ajuntados nem pelos calouros, muito menos pelos veteranos.

Cursos como os de biologia (e afins) ou engenharia ambiental (que pensam, ou deveriam pensar no meio ambiente) realizam atividades com os calouros para ajuntar a sujeira (recipientes utilizados) durante seus trotes. Mas mesmo assim, não tem como controlar. São muitos cursos, diferentes horas (manhã, tarde e noite) e muitas pessoas nas ruas (incluindo pessoas que nem estudam mais ou até pessoas que estudam em outras universidades). É tipicamente uma festa, e das grandes.

O que falar do som? 3, 5, 10 carros com som alto, tocando músicas diferentes, não entrando no assunto de estilos musicais. Será que tem ruído? Será que é prejudicial para quem participa e para os vizinhos onde é realizado as festas/trotes?

Trotes são proibidos. Policiais muitas vezes acompanham próximos aos locais. Pedem o nome de um responsável e, senão me engano, pedem nome de quem está com ele, qualquer problema que aconteça ele é quem vai responder por todos. Uma forma de barrar ou amenizar os riscos que o trote traz, não só ambiental, mas pessoalmente falando: ser atropelado, ficar muito bêbado, etc.

Confesso que participei do meu trote. Foi muito legal, todos se respeitaram, criei amizades, conheci as pessoas do curso. Foi algo bem elaborado. Como veterano comparecia aos trotes, mas não ajudava em nada, pois não vejo graça em sujar e “brincar” (muitas vezes, faltar com respeito) com os calouros. Na verdade sou contra esse “calouro é sempre burro”, “cala boca calouro”, “calouro pega um copo de água pra mim”. Veteranos não são mais que os calouros.


Vejo o trote como uma boa prática, desde que todos que participem, veteranos realizando e calouros “sofrendo”, queiram participar e estejam dispostos a limpar ao máximo a sujeira proveniente de seu trote (caso mantenham o padrão dos trotes), sejam responsáveis, saibam respeitar um aos outros, alertem e colaborem com os outros quanto a limpeza da rua, e manter alternância de carros com sons.

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