1. Indicação da referência bibliográfica
ORR, H. Allen. Sutilezas
da Seleção Natural. Scientific American Brasil. Ano 07; nº 81, fev. 2009.
2. Resumo do texto
O
darwinismo foi revolucionário não porque produziu argumentos enigmáticos sobre
a biologia, mas por que sugeriu que a lógica implícita na natureza é
surpreendentemente simples.
Atualmente,
a aceitação da seleção natural não corre risco, mas o estudo da mesma não está
completo. O estudo da seleção natural é uma área mais ativa na biologia que há
duas décadas.
A
melhor forma de observar a evolução por seleção natural é estudar organismos
cujo ciclo de vida seja curto o suficiente para que muitas gerações possam ser
analisadas.
Adaptabilidade. É a probabilidade de sobreviver ou se reproduzir em um determinado
ambiente.
A
maioria das mutações aleatórias é prejudicial – isto é, reduz a adaptabilidade:
somente uma minúscula minoria é benéfica.
A
evolução adaptativa é um processo de dois estágios: mutação e seleção. A
cada geração, a mutação traz novas
variações genéticas para as populações. A seleção
natural realiza uma triagem: o rigor do ambiente reduz a frequência das
variações “ruins”, e aumenta a ocorrência das “boas”.
Geneticistas
especialistas em populações também contribuíram para a seleção natural ao
descrevê-la matematicamente.
A
maior parte dos biólogos concorda que a seleção natural geralmente ocorre em
nível de organismos ou tipos genéticos individuais. A razão é que o período de
vida dos organismos é muito mais curto que a das espécies.
Ninguém
duvida que a seleção natural leva à evolução da maior parte dos traços físicos
nos seres vivos, mas ainda há dúvidas sobre o grau de responsabilidade da
seleção natural na condução de mudanças no nível molecular.
Kimura
argumenta que a evolução molecular, em geral, não é conduzida por uma seleção
natural “positiva”. Em vez disso são seletivamente neutras. Como as mutações
neutras são basicamente invisíveis no ambiente atual, essas alterações podem
estar adormecidas numa população alterando bastante sua composição genética ao
longo do tempo.
O
resultado, do estudo realizado por Begun e Langley, ambos na University of
California, sugere que a evolução neutra é importante – pois, parte dos 81%
restantes dos genes estudados podem ter divergido por causa da deriva genética
(mutações neutras). Porém, isto prova que a seleção natural exerce um papel
muito mais importante na diferenciação das espécies que a maioria dos defensores
da evolução neutra poderia imaginar.
Até
recentemente, pouco se sabia sobre as alterações genéticas que formavam a base
da evolução por adaptação.
O
aumento da adaptabilidade a partir de uma mutação benéfica pode ser muito
insignificante, tornando a mudança evolutiva um tanto lenta. Uma forma de
enfrentar esse problema é inserir populações de organismos que se reproduzem
rapidamente em ambientes artificiais, onde as diferenças de adaptabilidade são
maiores e a evolução é, portanto, mais rápida.
Alguns
cientistas alertam que a evolução experimental pode envolver pressões seletivas
severas não naturais. Por isso, é preciso estudar a seleção em indivíduos mais
complexos, sob condições mais naturais.
Os
evolucionistas geralmente observam populações ou espécies separadas a muito
tempo, de modo que as diferenças de adaptação entre elas, produzido pela
seleção natural, são rapidamente identificadas. Os biólogos podem então,
estudar essas diferenças geneticamente.
Um
dos argumentos mais audaciosos de Darwin a favor da seleção natural é que ela
explicava como novas espécies surgiam. Ao contrário de Darwin, os biólogos
modernos geralmente utilizam o chamado conceito biológico de espécie. A ideia
principal é que as espécies estão reprodutivamente isoladas uma das outras.
Acredita-se
que duas populações devam estar geograficamente isoladas antes que um
isolamento reprodutivo possa evoluir.
Outra
evidência do papel da seleção natural na especiação surgiu inesperadamente. Na
última década, vários geneticistas evolucionistas identificaram meia dúzia de
genes que causam a esterilidade ou inviabilidade de híbridos. Os genes
desempenham várias funções normais dentro da espécie: codificando enzimas,
proteínas estruturais e outros ainda codificam enzimas que se ligam ao DNA.
Estudos
com os mímulos e com a esterilidade de híbridos de moscas-das-frutas é somente
a ponta do iceberg de uma literatura vasta e crescente, que revela o papel da
seleção natural na especiação. De fato, a maioria dos biólogos concorda que a
seleção natural é a força evolucionária, mas também a origem de novas espécies.
Registro de comentários e críticas ao texto
O artigo, a meu ver, tem a ideia de informar que
os estudos sobre a seleção natural é algo em expansão, assim como a área da
biologia de um modo geral. E salienta que no meio acadêmico, a seleção natural
é a teoria mais aceita
Comentários
Postar um comentário
Deixe aqui o seu comentário...