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Dinoflagelados - Divisão Pyrrhophyta

A maior parte dos dinoflagelados são organismos unicelulares biflagelados. Atualmente são conhecidas de 2000 a 4000 espécies, muitas delas tem grande importância no plâncton marinho. Alguns vivem em ambientes marinhos e outros em águas doces. Podem ou não apresentar aparato fotossintetizante, os que não possuem ingerem partículas sólidas ou absorvem compostos orgânicos dissolvidos, mas os fotossintetizantes por sua vez também podem se alimentar dessa maneira, alguns dinoflagelados possuem uma estrutura tubular para sugar matéria orgânica para a célula.

Dinoflagelados pigmentados geralmente vivem dentro de outros organismos, por exemplo, algas vivas, polvos, lulas, entre outros. São essenciais para a vida de alguns corais, produzindo glicerol, essencial para a respiração do coral.

Quando as condições não são favoráveis aos dinoflagelados (falta de nutrientes) formam cistos de resistências e assumem características bênticas até a mesma se estabilizar novamente. Em condições favoráveis como grandes concentrações de nutrientes (muitas vezes causados pelo homem, principalmente por despejo de esgoto), temperatura superiores a 5ºC (se forem inferiores a 4ºC os dinoflagelados sobrevivem sob forma de cistos), e alteração na salinidade da água (que ocorrem geralmente em períodos chuvosos) e a quantidade de luz, fazem com que os dinoflagelados se aflorem e possuem uma facilidade para a sua reprodução, sendo essa sexuada, através de formação de gametas ou assexuada através de divisão binária simples. Essa reprodução em grande escala faz com que os organismos basicamente se encontrem e formem a maré vermelha. A coloração avermelhada da maré se da pela concentração destes organismos que chegam a atingir uma escala superior a 106 células/litro.

Estima-se que a maré vermelha seja antiga, há relatos desse fenômeno no Velho Testamento (Bíblia Sagrada). Segundo literaturas a ocorrência deste só tende a crescer, visto que em 1990 houve duas vezes mais ocorrências do que em 1970.

O fenômeno conhecido como maré vermelha recentemente foi contestado e poderá receber um novo nome, representado pela sigla FAN (Floração de Algas Nocivas), pois nem todos apresentam pigmentos avermelhados, formando um conjunto de microorganismos que produzem toxinas. O período de proliferação deste pode ocorrer em qualquer época do ano. A duração depende de fatores externos, como correntes marítimas e incidência solar. Pode durar uma semana, ou até mesmo dois meses. Os organismos mais atuantes na FAN são o Gymnodinium breve e Gonyaulax catanella. Os dinoflagelados envolvidos neste acontecimento liberam toxinas que em humanos causa danos respiratórios, neurológicos e gastrointestinais, a contaminação pode ser adquirida através do contato com a água ou pelo consumo de organismos como mexilhões, vieiras, ostras, ambos contaminados. O impacto ambiental deste fato pode obter grandes proporções, uma vez que atua no ciclo alimentar aquático, por exemplo, os golfinhos Bottlenosed consomem o peixe chamado Menhaden contaminado pelas toxinas, esse ciclo levou a queda da metade dos golfinhos do atlântico ocidental. Outro exemplo de impacto são os de microorganismos, como as Pfiesteria piscicida, que são responsáveis pela mortandade de peixes e de aves que os consomem.

Os danos causados pela FAN são importantes principalmente por duas razões: do ponto de vista sanitário e médico, porque podem levar à morte juntamente com o ponto de vista social, pelos inúmeros prejuízos econômicos que causam nas empresas do setor da pesca, da aqüicultura e também no turismo, portanto afetando as populações que vivem desses recursos.


Texto desenvolvido por: Thiago Fossile e Jonatas Valler.

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