Após saber que por volta de 1995, pouco mais de 15 milhões de km² eram cobertos de gelo perene, sem contar às áreas que o gelo ocupava temporariamente, a importância do gelo para as áreas geológicas, é aumentada graças ao conhecimento que em eras geológicas anteriores a área coberta de gelo era superior. (LEINZ, AMARAL – 1995).
O Brasil atualmente isento da ação de gelos, já sofreu, há cerca de 200 milhões de anos, intensas atividades glaciais, essas podem ser percebidas através de vestígios em todo o sul do país. (Idem).
Segundo Leinz e Amaral, a neve forma-se pela cristalização do vapor de água no interior ou pouco abaixo das nuvens. Nas regiões tropicais funde-se antes de cair, já em regiões firas, cai sob simetria hexagonal. Seu tamanho varia de 0,2mm a 12,00mm de diâmetro, dependendo da temperatura da nuvem.
Hoje se reconhece três tipos de geleiras (grandes e duradouras massas de gelo formadas nas regiões continentais, onde a precipitação de neve compensa a perda pelo degelo) o alpino; o continental e o de piemonte.
O gelo puro possui um poder erosivo bastante limitante sobre as rochas compactadas. Contudo, a quantidade de detritos rochosos encontrados nas geleiras é tal, que esta, em seu movimento, funciona como uma grande lixa.
Como vimos em sala de aula, existem dois tipos de vales, o em forma de U e V. O vale em V tem as formas arredondadas dos morros caracterizando a erosão fluvial, já o em U há presença de vales suspensos e as formas pontiagudas e ásperas que caracterizam a erosão glacial.
Uma forma de verificar/saber se houve glaciação no local é avistando o tilito – rocha endurecida formada pelo acúmulo dos detritos levados por uma geleira.
Referente às teorias de glaciação, tem-se 4 tipos, sendo os seguintes argumentos:
a) Aspectos geográficos: estes invocam fenômenos atmosféricos e oceânicos para explicar a glaciação.
b) Aspectos geofísicos: estes procuram explicar as grandes glaciações na suposição da mudança na posição dos continentes.
c) Aspectos astronômicos: estes se referem ás variações no movimento da Terra em relação ao Sol.
d) Aspectos cósmicos: Alguns antigos chegaram a supor que nosso sistema planetário atravessasse regiões frias em sua caminhada celeste. Outros admitiam a existência de nuvens cósmicas ocasionais, que dispersariam os raios solares, determinando com isso a queda da temperatura.
Ainda sobre as teorias é bom citar o meteorologista Sir George Simpsom, cujo argumentou que um eventual aumento do calor solar cedido a Terra faria com que fossei aumentada a evaporação, assim como a intensidade dos ventos que transportariam os vapores de água para as regiões frias, determinando com isso um aumento na precipitação de neve. Por outro lado, a nebulosidade intensa protegeria a neve contra a insolação, havendo com isso o aumento continuo das geleiras, enquanto perdurassem tais condições.
Embora esta hipótese seja bem formulada, continua o mistério da causa da flutuação do calor solar cedido a Terra, pois os fenômenos astronômicos repetem-se ciclicamente e a Terra ficou 200 milhões de anos sem glaciação, isto é, do Paleozóico superior até o Quaternário.
Referências
LEINZ, Viktor e AMARAL, Sérgio Estanislau do. Geologia Geral. 1995. 12 ed. rev. São Paulo: Editora Nacional.
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