A
glicose, C6H12O6, é um importante carboidrato
(monossacarídeo) para o organismo, pois é a partir dessa molécula adquire-se
energia necessária para realizar todas as reações do nosso corpo. A energia é liberada na forma de ATP,
que, ao perder um radical fosfato, libera aproximadamente 8.000 calorias,
formando ADP.
No nível da
membrana citoplasmática, a difusão representa a passagem de soluto de um meio
hipertônico (mais concentrado) para um meio hipotônico (menos concentrado).
Para que ocorra a difusão, a membrana deve ser permeável ao soluto em questão.
Em geral, partículas menores se difundem mais rapidamente pela membrana.
Observa-se que monossacarídeos, aminoácidos e sais minerais iônicos apresentam
maior velocidade de difusão, ao contrário das proteínas e polissacarídeos que
necessitam ser capturados pela célula.
Ou seja, a
glicose transporta-se por difusão facilitada, dependendo também da presença de
proteínas transportadoras na superfície das células. Essas
proteínas de 50-60 kDa, são denominadas GLUTs 1 a 14 em ordem cronológica de
caracterização. Embora possua quatorze transportadores, parece que as cinco primeiras
variantes descritas parecem ser as principais, e têm sido foco de estudos que
buscam caracterizar os fluxos de glicose, tanto em situações fisiológicas como
fisiopatológicas.
Podendo haver transporte acoplado a Na+ e proteínas transportadoras SGLTs.
A análise hidropática das seqüências primárias dos
GLUTs sugere a existência de 12 segmentos transmembrânicos hidrofóbicos (S),
alguns formando verdadeiras α- hélices perpendiculares ao plano da membrana
plasmática, que representam verdadeiros poros ou canais através dos quais a
molécula de glicose pode cruzar a membrana. As terminações NH2 e
COOH são citoplasmáticas, uma grande alça de conexão é encontrada entre os
segmentos S6-S7, e um potencial sítio de N-glicosilação é encontrado na alça
extracelular de conexão entre S1-S2. Do mesmo modo, os SGLTs também apresentam
12 segmentos transmembrânicos, a alça extracelular de ligação entre S5 e S6 é potencial
sítio de glicosilação, e as terminações NH2 e COOH também estão
localizadas no citosol, no entanto, o domínio COOH altamente hidrofóbico, deve
encontrar-se em contato direto com a superfície interna da membrana plasmática.
O amido, por ser um polímero de glicose, quando
sofre a ação da enzima amilase, quebra-se em várias moléculas de glicose. Isso
significa que ao ingerirmos alimentos ricos em amido, estamos consequentemente
ingerindo glicose.
Quando se ingere uma alta quantidade de glicose, o
organismo utiliza o que necessita e o excesso é enviado para o fígado, que
transforma a glicose em glicogênio e ela fica armazenada em nosso fígado,
aumentando a concentração de glicogênio. Quando o mesmo está em nível alto, o
fígado começa a quebrar o glicogênio excedente, mandando-o para a corrente
sanguínea, aumentando a concentração de glicose no sangue. Como a concentração
de glicose no sangue está alta, automaticamente o pâncreas começa a produzir o
hormônio insulina, que manda essa glicose para dentro das células dos músculos
para ser transformada em glicogênio.
REFERÊNCIAS
MACHADO,
Ubiratan Fabres. Transportadores de glicose. Arq Bras Endocrinol
Metab [online]. 1998, vol.42, n.6, pp. 413-421. ISSN 0004-2730.
MACHADO,
Ubiratan Fabres; SCHAAN, Beatriz D. and SERAPHIM, Patrícia M.. Transportadores
de glicose na síndrome metabólica. Arq Bras Endocrinol Metab
[online]. 2006, vol.50, n.2, pp. 177-189. ISSN 0004-2730.
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