As bactérias do grupo das
rickéttsias e clamídias são muito pequenas e constituídas por células
procariontes incompletas, que não possuem a capacidade de autoduplicação independente
da colaboração de outras células. Como os vírus, as rickéttsias e clamídias são
parasitas intracelulares obrigatórios, pois só proliferam no interior das
células completas. Todavia, as células incompletas diferem dos vírus em três
aspectos fundamentais. Em primeiro lugar, os vírus contêm apenas um tipo de
ácido nucléico, que pode ser o ácido ribonucléico (RNA) ou o
desoxirribonucléico (DNA), enquanto as células incompletas contêm ao mesmo
tempo DNA e RNA. Em segundo lugar, os vírus carregam, codificada no seu ácido
nucléico, a informação genética para a formação de novos vírus, mas não possuem
organelas e, por isso, se utilizam da maquinaria das células para se
multiplicar. As células incompletas, ao contrário, têm parte da máquina de
síntese para reproduzir-se, mas necessitam da suplementação fornecida pelas
células parasitadas. Em terceiro lugar, as células incompletas têm uma membrana
semipermeável, através da qual ocorrem trocas com o meio, o que não acontece
com os vírus.
Referente
a clamídia, existem três grupos ou
variedades de Chlamydia trachomatis — cada um deles acarreta um tipo
de prejuízo ao organismo se o tratamento não acontecer a tempo. As do grupo A,
B, Ba e C são culpadas por uma espécie de conjuntivite que pode levar à
cegueira. Já a turma formada pelas bactérias L1, L2, L2a, L2b e L3 levam a uma
infecção chamada linfogranuloma venéreo, que pode evoluir para úlcera e edema
dos órgãos genitais. “Por fim, as clamídias do tipo D a K provocam inflamações
ou infecções genitais”, completa o médico Jorge Luiz Mello Sampaio, assessor em
microbiologia do Fleury Medicina e Saúde, em São Paulo. Entre as mulheres as
inflamações provocadas pelas bactérias D ou K obstruem as trompas, levando a
casos de gravidez tubária ou à infertilidade — irreversível.
Referente à rickettsia encontra-se alguns tipos de
doenças causadas pelas bactérias do gênero, como é o caso do Tifo, mais
conhecido no meio científico como riquetsioses, entre seus tipos principais,
destacam-se o tifo exantemático, ou epidêmico e o tifo murino, ou
endêmico.
Tifo epidêmico -
É o tipo mais comum de tifo, causado pela bactéria Rickettsia prowasekii e
transmitido pelo piolho. A doença se estabelece quando se coça o local picado
pelo parasita, e suas fezes, que contém a bactéria, misturam-se com a ferida,
permitindo a Rickettsia entrar na corrente sangüínea.
Tifo murino - é
comum entre ratos, sendo transmitido para o homem somente quando há um grande
número de roedores contaminados (epizootia), o que obriga a pulga Xenopsylla
cheopis a buscar novos hospedeiros. O causador da doença é a bactéria chamada
Rickettsia mooseri.
FEBRE MACULOSA:
Aspectos
epidemiológicos: a Febre Maculosa é
uma doença febril aguda, de gravidade variável, causada por bactéria e
transmitida por carrapatos infectados.
Agente Etiológico:
doença causada por bactéria Rickettisia rickettsii. Bactéria
intracelular obrigatória, sobrevivendo brevemente fora do hospedeiro. Os
humanos são hospedeiros acidentais, não colaborando com a propagação do
organismo.
Vetores e
reservatórios: os vetores são carrapatos da espécie Amblyomma
cajennense. São conhecidos como "carrapato estrela",
"carrapato de cavalo" ou "rodoleiro, as larvas por
"carrapatinhos" ou "micuins, e as ninfas por
"vermelhinhos". São hematófagos obrigatórios, necessitando de
repastos em três hospedeiros para completar seu ciclo de vida. O homem é
intensamente atacado nas fases de larvas e ninfas.
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